Já ouviu falar do dia zero? Este é um dos tantos ataques cibernéticos a que todas as empresas estão sujeitas se não se protegerem.
A prova disso foi a famosa Sony Pictures que, em 2014, foi vítima deste tipo de ameaça. Os hackers estiveram infiltrados durante meses no sistema sem serem detetados.
O resultado foi o acesso a dados confidenciais, que depois foram usados para fazer chantagem.
Como pode ver, nem as grandes empresas estão livres.
Dia zero: Saiba tudo sobre este ataque cibernético
O dia zero é o termo que descreve uma vulnerabilidade de segurança desconhecida num software. Ou seja, é uma falha que ainda não foi detetada e, por isso, não pode ser corrigida.
O nome tem origem nas publicações de correções de problemas, conhecidas como “dia um”. Assim, quando um criminoso descobre as falhas antes de serem corrigidas, está a atuar antes do dia um, ou seja, no dia zero.
É importante referir que todos os softwares têm as suas vulnerabilidades, tornando, por vezes, demasiado fácil o caminho para os mal-intencionados.
Apesar de o nome ser bastante impactante depois de saber o significado, este ataque não é muito diferente dos restantes.
Além disso, é muito difícil de ser realizado devido à dificuldade em detetar as tais falhas. É preciso trabalhar nas linhas de código para conseguir encontrar uma oportunidade, tarefa que pode ser demorada e desgastante.
Como são identificadas as vulnerabilidades?
Ao lançar-se um novo programa ou uma atualização, é garantido que os hackers vão tentar descobrir todos os pontos fracos, quer seja de segurança ou de design.
A cada hora que passa as probabilidades de encontrá-los diminuem drasticamente. Sendo também uma corrida contra o tempo para que os programadores fechem a “porta” antes de ser descoberta.
Claro que, apesar de ser muito difícil, não é impossível. Os cibercriminosos usam ferramentas, como analisadores automáticos, para facilitar a tarefa.
Pode detetar-se um ataque dia zero?
Claro que sim! A forma mais eficaz de evitar este tipo de ataque passa pela descoberta e correção das falhas por parte dos próprios programadores.
Esta é, portanto, uma das tarefas mais importantes de qualquer profissional desta área: detetar as falhas, antes que sejam descobertas por outros.
Isto porque basta um passo em falso para ser demasiado tarde!
É assim tão perigoso?
Infelizmente sim… É uma violação de segurança altamente perigosa porque é totalmente desconhecida.
Para se responder ao ataque a única solução é criar um patch, mas isto não ajuda em nada o que já foi afetado.
E, sendo algo novo para os programadores, pode demorar muito tempo a corrigir a vulnerabilidade, deixando tudo exposto e mais uma vez desprotegido.
É muito comum?
Devido à dificuldade de detetar, tornou-se num dos mais explorados pelos hackers. Na verdade, algumas das violações de segurança cibernéticas mais graves foram provenientes deste tipo de ataque.
E segundo estudos muito recentes, cerca de 30% de todos os ataques exploram este tipo de vulnerabilidade.
O mais triste é que parece ser uma tendência que veio para ficar.
Como me posso proteger?
Para todos os ataques existem sempre medidas que pode adotar, evitando assim ser mais uma vítima. Vamos listar algumas:
- Limitar os acessos a contas;
- Várias etapas de acesso;
- Manter os sistemas sempre atualizados.
Mal seja detetada, o programador vai lançar uma correção o mais rapidamente possível. Daí ser tão importante manter os programas atualizados.
O antivírus também é uma ferramenta indispensável para se proteger de qualquer tipo de ameaça.
Como pode ver, o dia zero pode causar danos sérios. Por isso, é sempre importante proteger a sua empresa e caso precise de ajuda pode contar connosco!